
PARE A DESTRUIÇÃO DE CABO DELGADO
PARA: (1) Total (2) ExxonMobil (3) Shell (4) Eni (5) Galp (6) HSBC (7) Standard Bank (8)
United States International Development Finance Corporation e (9) Governo de Moçambique.
CC: (1) Relator Especial das Nações Unidas para a Situação dos Defensores dos DireitosHumanos, (2) Relator Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e o Meio
Ambiente e (3) Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (Grupo de Trabalho sobre Extractivismo, Meio Ambiente e Direitos Humanos)
Data: 25 de Junho, 2020 (45o Dia da Independência de Moçambique)
Para entrar em contacto: envie um e-mail ou ligue para: Justiça Ambiental,
jamoz2010@gmail.com, +258 843106010, +258 823061275
Cabo Delgado está a ser devastado. E está claro quem é o responsável.
A indústria do gás está a causar devastação nesta província, a mais a norte de Moçambique, com as comunidades a passar fome e sem terra, mesmo antes de qualquer gás ter sido extraído.
As empresas transnacionais de combustíveis fósseis, empreiteiros, financiadores privados,consultores de risco, juntamente com o governo de Moçambique, estão a fazer girar as rodas desta indústria. Todos são cúmplices.
As empresas transnacionais de combustíveis fósseis orgulham-se do “desenvolvimento” e da “elevação” que a indústria do gás trará para Moçambique. Falam dos 150 triliões de pés cúbicos de gás que foram descobertos e de como estão à procura de mais. Mas as promessas que
fizeram às comunidades de Cabo Delgado – dar emprego a milhares de pessoas, compensação de terras para continuarem a cultivar e a manter os meios de subsistência, melhor educação e cuidados de saúde para a população através dos rendimentos que o governo recebe – não foram
cumpridas e os impactos superam em muito os benefícios, no presente e no futuro.
Em vez disso, a província está a ficar em ruínas e a presença de empresas transnacionais é prejudicial. O investimento estrangeiro não é imperativo para países em desenvolvimento como Moçambique. A história tem demonstrado que o investimento estrangeiro em combustíveis fósseis
pouco faz para ajudar os países pobres a desenvolverem-se, sendo frequentemente prejudicial.
Moçambique acolhe há anos uma indústria extractiva internacional, mas apenas um terço do país tem acesso à electricidade. Em 2018, Moçambique ocupava o 180o lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 189 países. A cumplicidade e a impunidade continuam, mesmo quando nos últimos anos eclodiu um enorme escândalo da dívida, envolvendo o Credit
Suisse, o banco russo VTB, o mercenário Erik Prince e o governo Moçambicano.
Durante quase três anos, ataques brutais de insurgentes e extremistas têm devastado comunidades inteiras em Cabo Delgado, sem fim à vista. Os ataques são agora constantes. Mais de 100.000 pessoas foram desalojadas depois das suas aldeias terem sido queimadas, e jovens mulheres foram sequestradas, tendo muitas desaparecido durante meses. O extremismo em Cabo Delgado tem sido atribuído, em parte, à raiva dos jovens contra o desemprego maciço, a usurpação de terras, a perda de meios de subsistência e a opressão que sofreram ao verem estrangeiros e elites políticas a viverem em privilégio e riqueza à sua volta. A indústria do gás tem encorajado uma cultura de impunidade, corrupção e desrespeito pelos direitos humanos.
Em resposta à violência, o governo enviou militares, incitando ainda mais medo nas próprias comunidades que eles deveriam proteger. As comunidades têm falado de soldados que abusam do seu poder, impondo recolher obrigatório ao acaso e agredindo fisicamente as populações quejá sofrem. Na realidade, os militares estão em Cabo Delgado para proteger a indústria do gás, não o povo. Nos últimos três anos, houve apenas um ataque insurgente a uma empresa. A Exxon Mobil e a Total apelaram ao governo, em Fevereiro de 2020, para que mobilizasse mais tropas
exclusivamente para a protecção da indústria.
Para além deste terror, a indústria do gás empurrou as pessoas para a pobreza. A terra ocupada para a construção do Parque de GNL de Afungi para apoiar a indústria do gás forçou 550 famílias de pescadores e agricultores a abandonar as suas casas, retirando-lhes as suas terras agrícolas e cortando-lhes o acesso ao mar. Os empreiteiros arrasaram aldeias inteiras, deixando comunidades sem meios de subsistência e criando uma crise alimentar. Devido aos ataques extremistas na zona, aqueles que têm terras têm medo de a deixar para irem cultivar, pois podem ser atacados por extremistas, ou confundidos com extremistas pelos militares.
Em Maio de 2019, o Projecto de GNL de Moçambique, liderado pela empresa Norte-Americana Anadarko, foi entregue à Total quando esta adquiriu activos da empresa Norte-Americana em África. Os executivos da Shell, da Total e da Eni utilizaram-nos então como um imposto especial
de consumo para negar a responsabilidade destes impactos porque, segundo eles, foi a Anadarko quem iniciou este processo de construção. A responsabilidade pelos impactos de todas as obras de construção civil relacionados fica a cargo de todas as empresas transnacionais envolvidas.
Foi a indústria do gás que trouxe o mortal vírus COVID-19 para a província de Cabo Delgado, em Moçambique. No início de Abril, um trabalhador estrangeiro da Total acusou positivo. Graças à falta de vigilância por parte da Total, o seu estaleiro de construção de GNL tornou-se o epicentro da crise do COVID-19 em Moçambique, sendo responsável por dois terços dos casos de Moçambique. Os funcionários infectados da Total estão isolados no local, mas cozinheiros, funcionários da limpeza, seguranças e outro pessoal são trazidos diariamente das aldeias vizinhas para servir os funcionários da Total. Embora a Total tenha começado a testar os seus empregados, foram feitos esforços inadequados para testar e proteger as comunidades nas áreas circundantes.
Todos os empreiteiros que se encontram nas costas das empresas de gás – a Shell com a sua fábrica de gás para líquidos, a Yara com a sua fábrica de fertilizantes, a Technip e a Samsung e as muitas empresas de engenharia e fornecedores que tiram partido da exploração de gás – são
em parte responsáveis pelos impactos destas empresas.
Estas empresas transnacionais gastam milhões em “lavagem verde”, assinando simultaneamente novos acordos de concessão de combustíveis fósseis com o governo Moçambicano. As suas chamadas avaliações de impacto ambiental “independentes” mostram o impacto terrível e
irreversível que a indústria do gás em Moçambique terá no clima, alegando que esses impactos “não podem ser mitigados”. Isto não se enquadra nos planos de descarbonização de que se orgulham.
Estas empresas transnacionais alegam apoiar os esforços de conservação. No entanto, o Arquipélago das Quirimbas, uma biosfera da UNESCO ao largo da costa de Cabo Delgado, onde vivem dezenas de corais e peixes ameaçados, será irreversivelmente devastado pela exploração
do gás, um aspecto deixado claro na avaliação de impacto ambiental.
O jornalista Ibrahimo Abu Mbaruco, está desaparecido desde 7 de Abril. A sua última mensagem foi uma mensagem a informar a sua mãe que os militares o tinham prendido, e muitos presumem que ele esteja morto. Muitos jornalistas que trabalham em Cabo Delgado, especialmente os da região do gás, foram presos ou detidos sem acusação durante os últimos dois anos, alguns durante meses. Um membro da comunidade vocal, o Sr. Selemane de Palma, desapareceu a 20 de Maio de 2020, 24 horas depois de se ter pronunciado contra os maus-tratos e a natureza pesada dos militares da região. Continuava desaparecido no momento da redacção deste documento.
Ao governo de Moçambique, perguntamos: como podem deixar que isto aconteça ao vosso povo e ao meio ambiente? Porque é que deixam que estas poderosas empresas transnacionais tomem e explorem, deixando a destruição a seu cargo? O vosso povo confia-vos o futuro do país e
oferece-vos as oportunidades de uma vida digna, e, no entanto, só lhe fazem mal. Não precisam de investimento estrangeiro em combustíveis fósseis, há oportunidades mais do que suficientes para um sistema de energia renovável, de propriedade local. Não se tornem outro país que cai na “maldição dos recursos” que permite que os 1% mais ricos do mundo devastem o dia-a-dia do povo que é deixado no escuro.
O sistema global de energia está quebrado e é injusto. Os impactos destrutivos das fontes de energia suja, como o gás, recaem de forma desproporcionada sobre os grupos mais pobres e vulneráveis da sociedade, enquanto as elites e as empresas transnacionais obtêm benefícios
significativos do sistema em termos de lucros, poder e acesso à energia. Esta abordagem extractivista está enraizada num sistema político e económico capitalista neoliberal injusto.
A extracção de gás em Moçambique está a alimentar as violações dos direitos humanos, a pobreza e a propagação do COVID-19. Irá também alimentar mudanças climáticas catastróficas.
Moçambique é um país vulnerável na linha da frente dos impactos climáticos – atingido duramente por dois ciclones em estreita sucessão em 2019.
Quando é que os assassinatos de activistas, a corrupção, as eleições fraudulentas, a usurpação de terras e as violações dos direitos humanos se tornarão razão suficiente para pôr fim à impunidade corporativa em Moçambique e noutras partes do mundo?
Exigências às corporações transnacionais, compradores e investidores:
•Exigimos que todas as empresas transnacionais, todos os compradores e todos os investidores envolvidos na extracção de gás em Moçambique cessem desde já todas as actividades.
Exigências ao Governo Moçambicano:
• Exigimos que o Governo Moçambicano acabe com a exploração de gás e de combustíveis fósseis em Moçambique: não fazendo mais concessões e optando antes por uma via de energia renovável baseada nos povos, uma vez que a actual via energética está a destruir os meios de subsistência dos povos, o meio ambiente e a agravar a crise climática. Exigimos que o Governo Moçambicano deixe de colocar as empresas transnacionais à frente do bem-estar do seu povo.
• Exigimos que o Governo de Moçambique cesse todas as detenções e prisões aleatórias de jornalistas, activistas e civis inocentes, ponha fim à censura dos meios de comunicação social e acabe com a atmosfera de medo.
Exigências aos órgãos de supervisão:
• Exigimos que o Relator das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a Comissão
Africana dos Direitos Humanos e dos Povos investiguem a situação violenta em Cabo Delgado e responsabilizem o governo Moçambicano e as empresas de combustíveis fósseis pelos seus crimes. Só forçando o governo e as empresas a lidar com a desigualdade e a injustiça é que a região verá a estabilidade restabelecida.
• Exigimos justiça e reparação para o povo de Cabo Delgado e que as empresas transnacionais sejam responsabilizadas.
• Exigimos um instrumento internacional vinculativo forte e eficaz sobre “empresas transnacionais e outras empresas no que respeita aos direitos humanos”, que garanta oacesso à justiça às vítimas de violações e responsabilize essas empresas.
Exigimos direitos para as pessoas, regras para as empresas.
TODOS OS SIGNATÁRIOS:
(A) ASSINATURAS ORGANIZACIONAIS – TOTAL DE 204 ASSINATURAS ORGANIZACIONAIS
(A, iii) Organizações Moçambicanas
- Acção Académica Para o Desenvolvimento das Comunidades Rurais- ADECRU Moçambique
- AJOCME Moçambique
- ANRAN – Associacao dos Naturais, Residentes e Amigos de Namaacha, Moçambique
- Associação Tsakane dos Camponeses do Regadio do Baixo Limpopo, Moçambique (Xai Xai)
- Associacao de Mulheres Paralegais de Tete, Moçambique
- CAPEMI – Associação das comunidades afectadas pela mineracao em Moatize, Moçambique (Tete)
- Forum Mulher, Moçambique
- Forum Terra, Moçambique
- GDMR – Grupo para Desenvolvimento da Mulher e Rapariga, Moçambique
- Hikone Mocambique – Associacao para Empoderamento da Mulher, Moçambique
- Justiça Ambiental, Moçambique
- Kubecera, Moçambique
- KULIMA, Moçambique
- MAB – Movimento Acyivista de Boane, Moçambique
- MISSÃO TABITA, Moçambique (Zambezia)
- PNOSCMC – Plataforma Nacional das Organizacoes da Sociedade Civil para Mudancas Climaticas, Moçambique
- REPADES-JAC – Rede Provincial de Paralegais para Arbitragem e Desenvolvimento Sustentável- Justiça Ambiental pelas Comunidades do Niassa, Moçambique (Niassa)
- Rede para Integracao Social (RISC), Moçambique
- Salama, Moçambique
- UNAC – Uniao Nacional dos Camponeses, Moçambique
(A, ii) Organizações internacionais
- FIAN International International
- Friends of the Earth International International
- Gastivists Collective International
- GenderCC International / Germany
- Global Anti-Aerotropolis Movement (GAAM) International
- Global Forest Coalition (GFC) International (with HQ in Paraguay and Netherlands)
- Global Initiative for Economic, Social and Cultural Rights International
- La Via Campesina International International
- Leave it in the Ground Initiative (LINGO) International
- Oil Change International International
- Shell Must Fall! International
- Women Engage for a Common Future International
- World March of Women International
- World Rainforest Movement International
(A, iii) Organizações regionais
- 350Africa.org Regional- Africa
- Africa Coal Network Regional- Africa
- African Ecofeminists Collective Regional- Africa
- Amigos de la Tierra América Latina y el Caribe (ATALC) Regional
- Asia Energy Network Regional (Asia Pacific)
- Asia Pacific Forum on Women Law and Development- Thailand/ Regional (Asia)
- Asia Pacific Movement on Debt and Development Regional (Asia Pacific)
- Corporate Europe Observatory Regional (EU)
- Friends of the Earth Asia Pacific (FoE Apac) Regional (Asia Pacific)
- Friends of the Earth Europe Regional (Europe)
- GAIA Africa Regional – Africa
- Indigenous Environmental Network Regional (United States/ Canada)
- LVC Southern and Eastern Africa Regional- Southern and Eastern Africa
- “Nous Sommes la Solution” – Regional (est dans sept pays- Burkina, Gambie, Ghana, Guinée, Guinée Bissau, Mali et Sénégal)
- Oil Change Africa Regional – Africa
- Oilwatch Africa Regional – Africa
- Power Shift Africa Regional – Africa
- Southern and Eastern African Trade Information and Negotiations Institute- Uganda/ Regional
- WoMin African Alliance Regional – Africa
(A, iv) Organizações nacionais de todo o mundo (por ordem alfabética por país)
- Observatorio Petrolero Sur (OPSur) Argentina
- Observatorio de Derechos Humanos de Rio Negro, Argentina
- Rapal Argentina (Buenos Aires)
- Fundacion para Estudio e investigacion de la Mujer Argentina
- Friends of the Earth Australia
- A Planeta – Information Agency Basque Country
- GAPROFFA Benin
- Food & Water Action Europe Belgium
- Amis de la Terre-Belgique Belgium
- Centar za zivotnu sredinu/ Friends of the Earth Bosnia and Herzegovina
- MAB Brasil
- RSCM – JPIC Brasil
- Associação de Combate aos Poluentes (ACPO) Brasil
- Climate Action Coalition Bulgaria
- Centre pour l’Environnement et le Développement (CED) Cameroun
- Climate Action Network Canada
- Sierra Club BC Canada
- Grandmother Advocacy Network Canada
- Fundación Tantí Chile
- Red de Acción por los Derechos Ambientales Chile
- COECOCEIBA ATI Costa Rica
- Zelena akcija/FoE Croatia
- Global Aktion Denmark
- NOAH – Friends of the Earth Denmark Denmark
- CESTA FOE El Salvador El Salvador
- EKOenergy ecolabel Finland
- Aitec France
- CCFD-Terre Solidaire France
- Les Amis de la Terre France France
- BUND (Friends of the Earth Germany) Germany
- urgewald Germany
- ARA (Arbeitsgemeinschaft Regenwald und Artenschutz) e.V. Germany
- KoordinierungsKreis Mosambik e.V. (KKM) / Comité Coordenador Mocambique Alemanha Germany
- Health and Environment Justice Support International Germany
- Friends of the Earth Ghana Ghana
- Abibinsroma Foundation Ghana
- Abibiman Foundation Ghana
- Alliance for Empowering Rural Communities (AERC) Ghana (Greater Accra)
- CONGCOOP Guatemala
- PAPDA Haiti
- Greeners Action, Hong Kong
- Clean Air Action Group Hungary
- Pakistan-India Peoples’ Forum for Peace & Democracy India
- National Alliance of Peoples’ Movements India
- All India Union of Forestry Working People India
- Growthwatch India
- WALHI- Friends of the Earth Indonesa Indonesia
- KRuHA (People’s Coalition for the Right to Water) Indonesia
- LPESM Riau Indonesia
- Friends of the Earth Ireland Ireland
- Not Here Not Anywhere Ireland
- Re:Common Italy
- FoE Japan Japan
- Japan International Volunteer Center (JVC) Japan
- Concerned Citizens Group with the Development of Mozambique, Japan (MOKAI)
- Natsuki Wada Japan
- Missionary Society of Saint Columban Japan
- Public Association “Dignity” Kazakhstan, Central Asia
- Sustainable Development Institute – Friends of the Earth Liberia
- Youth Exploring Solutions Liberia
- Mouvement Ecologique (FoE Lux) Luxembourg
- Centre de Recherches et d’Appui pour les Alternatives de Développement – Océan Indien (CRAAD-OI) / Research and Support Center for Development Alternatives – Indian Ocean (RSCDA-IO) Madagascar
- Sahabat Alam Malaysia (SAM) / Friends of the Earth Malaysia
- DIS-MOI (Droits Humains Ocean Indien) Mauritius
- Otros Mundos Chiapas/Amigos de la Tierra México
- Equidad de Género: Ciudadanía, Trabajo y Familia México
- Fronteras Comunes México
- Institut Prometheus pour la démocratie et les droits humains Morocco
- Milieudefensie – FoE Netherlands The Netherlands
- BankTrack The Netherlands
- Code Rood The Netherlands
- Water Justice and Gender The Netherlands
- Extinction Rebellion Internationalist Solidarity Network The Netherlands
- Extinction Rebellion Den Haag The Netherlands
- Aotearoa Plastic Pollution Alliance New Zealand
- Health of Mother Earth Foundation Nigeria
- Kebetkache Women Development & Resource Centre Nigeria
- Gbolekekro women Empowerment and Development Organization Nigeria
- Green Knowledge Foundation Nigeria
- Pan African Vision for the Environment Nigeria
- Norges Naturvernforbund Norway
- Plataforma Resposta al Midcat Països Catalans (Espanya)
- PENGON FOE PALESTINE Palestine
- Centre for Environmental Law and Community Rights (CELCOR) Inc Papua New Guinea
- Legal Rights and Natural Resources Center- Friends of the Earth Philippines
- TierrActiva Peru Peru
- Fundacja “Rozwój TAK – Odkrywki NIE” Poland
- Climáximo Portugal
- ART FOR CHANGE Portugal
- QUERCUS – ANCN Portugal
- Ministère de l’Environnement, Des Eaux et Forêts Republique de Guinée
- Conseil pour la Terre des Ancêtres – CTA République Démocratique du Congo
- PIDP République Démocratique du Congo
- Asociación Cultural La Negreta, Inc República Dominicana
- Russian Social-ecological Union / Friends of the Earth Russia
- Friends of the Siberian Forests Russia
- Volgograd-Ecopress Russian Federation
- Friends of the Earth Scotland Scotland (UK)
- Divest Strathclyde Scotland (UK)
- Glasgow Calls Out Polluters Scotland (UK)
- Women on Mining and Extractives Sierra Leone
- groundWork South Africa
- SAGRC South Africa (Mpumalanga)
- Naledi South Africa
- Africa Green Media South Africa
- African Water Commons Collection South Africa
- Amigas de la Tierra Spain Spain
- Ecologistas en Acción Spain
- Centre for Environmental Justice Sri Lanka
- Jordens Vänner Sweden
- Pro Natura / Friends of the Earth Switzerland Switzerland
- Int Lawyers Switzerland
- BreakFree Switzerland
- Gallifrey Foundation Switzerland
- Mom Loves Taiwan Association Taiwan
- Governance Links Tanzania
- Les Amis de la Terre-Togo (FoE Togo) Togo
- National Association of Professional Environmentalists (NAPE), FOE Uganda
- Amalgamated Transport and General Workers Union Uganda
- Kwataniza Women Farmers Group (KWG) Uganda
- Resource Rights Africa Uganda
- Global Witness United Kingdom
- Global Justice Now United Kingdom
- Friends of the Earth England, Wales & Northern Ireland United Kingdom
- The Corner House United Kingdom
- Biofuelwatch (UK/USA) UK / USA
- Upper Valley Affinity Group (Vermont, USA) United States of America
- Friends of the Earth United States United States of America
- EnGen Collaborative United States of America
- Seeding Sovereignty United States of America
- Climate Finance Action United States of America
- Extinction Rebellion San Francisco Bay Area United States of America
- Earth Action, Inc. United States of America
- Texas Campaign for the Environment United States of America
- Rapid Shift United States of America
- 350 New Orleans United States of America
- Rainforest Action Network United States of America
- Upper Valley Affinity Group (Vermont, US) United States of America
- Women’s Environment and Development Organization United States of America
- 350 Portland United States of America
- FracTracker Alliance United States of America
- Alaska Community Action on Toxics United States of America (Alaska)
- Movement Rights United States of America
- SLO CLEAN WATER United States of America
- GAIA United States of America
- Center for International Environmental Law United States of America
- Religious of the Sacred Heart of Mary – NGO at the UN United States of America (New York)
- Religious of the Sacred Heart of Mary, Western American Area United States of America
- REDES-AT Uruguay Uruguay
- Zambia Alliance for Agroecology and Biodiversity Zambia
- Zimbabwe Smallholder Organic Farmers Forum Zimbabwe
(B) ASSINATURAS INDIVIDUAIS – TOTAL 206 ASSINATURAS INDIVIDUAIS
(B, i) Signatários Individuais de Moçambique
- Isabel Maria Casimiro Moçambique
- Halaze Manhice Moçambique
- Itelvina Matusse Moçambique
- Milton Panguene Moçambique
- Chloé Arzel Moçambique
- Zinérsio R. Sitoe Moçambique
- Ricardo Ferreira Moçambique
- Florido Nhadumbuque Moçambique
- Jacen Ngulele Moçambique
- Steven Guambe Moçambique
- Adelia Muzonda Moçambique
- Regina Antonio Moçambique
- Cirilo Eduardo Tembe Moçambique
- Romana Carlos Mendonça Moçambique
- vanessa cabanelas Moçambique
- Tina Krüger Moçambique
- Sìlvia Cunha Moçambique
- Marilú da Conceiçäo Joäo Moçambique
- Helena Guiliche Moçambique
- Margareth Aragao Moçambique
- Dipti Bhatnagar Moçambique
- Erika Mendes Moçambique
- Anabela Lemos Moçambique
- Jose Morais Chauque Moçambique
- Samuel Mondlane Moçambique
- Mauro Pinto Moçambique
- Vanda Julio Zerumbair Moçambique
- Manuel Chauque Moçambique
- Owen Esmael Moçambique
- Vicente Julio Macucule Moçambique
- Daniel Ribeiro Moçambique
- Pilar de la Puerta Moçambique
- Paula Pinto Moçambique
- Nair Noronha Moçambique
- Hélio João Moçambique
- Bonifácio Júlio Raça Moçambique
(B, ii) Assinantes individuais internacionais
- Wendy Flannery Australia (Queensland)
- RJ Strikers Australia
- Panagiotis Bartzos Belgium
- Shenna Sanchez Belgium
- Frida Kieninger Belgium
- Kris Vanslambrouck Belgium
- Laurie Gurmann Belgium
- Anna Maréchal Belgium
- Angéline Dispa Belgium
- Joannes Peeters Belgium
- Nele Mariën Belgium
- Hsia Belgium
- Marie Laurent Belgium
- Catherine de Smit Belgium
- Bert De Wel Belgium
- Rhodante Ahlers Belgium
- Anonymous Belgium
- Milica Končar Bosnia and Herzegovina
- Hector Guerra Hernandez Brasil
- Luiz Henrique Passador Brasil
- Silvio Roberto Magalhães Orrico Brasil
- Thiago Assunção dos Santos Brasil
- Mayara Santana Borges Brasil
- Patricia Teixeira Santos Brazil
- Gilbert Kuepouo Cameroon
- Bronwen Tucker Canada
- Jai Sen Canada and India
- Alejandra Parra Muñoz Chile
- Sebastian Hobbs Chile
- Julie Andersen Schou Denmark
- Ludovica Gandini Denmark
- Ellen Taylor Denmark
- Amalie Mylenberg Skovengaard Denmark
- Lorena Meis Denmark
- Matias Almeida Garzon Ecuador
- Meera Ceder Europe
- Elisa Hara Finland
- Dr Jasmin Immonen Finland
- Maxime Combes France
- Charlotte Kreder France
- Barthelemy France
- Esteves France
- Laurent Dingli France
- Camille de Wit France
- Lola Gouiffes France
- Cornelia Knoll Germany
- Luca Bekemeier Germany
- Rainer Tump Germany
- Tabea Behnisch Germany
- Petra Aschoff Germany
- Dr. Sayaka Funada Classen Germany
- Amos Nkpeebo Ghana
- Richard Matey Ghana
- Satish India (Haryana)
- Andrea Bacilieri Italy
- Giuseppe Bertolina Italy (Milano)
- Thomas Italy
- Elena Apostolo Italy
- Anonymous Italy
- Helen L. Ndiaye Italy
- Enzo Favoino Italy
- Koichi IKegami Japan
- Yuki Takahahashi Japan
- Yumi Sadakata Japan
- Masatsugu Shimokawa Japan
- Takahiro Nakashima Japan
- Koichi IKegami Japan
- Takemura Keiko Japan
- Ayako Koike Japan
- Takashi Masuo Japan
- Yasuko Masuda Japan
- Kanayama, Asami Japan
- Inyaku Tomoya Japan
- Tomoyo Tamayama Japan
- Mozumi Mamoru Japan
- Hikari Okada Japan
- Makiko Toda Japan
- Akari Nakagawa Japan
- SJ Japan
- Mónica Estébanez Camarena The Netherlands
- Laurie van der Burg The Netherlands
- Wieke Wagenaar The Netherlands
- Harmien Meijer The Netherlands
- Madeleine Race The Netherlands
- Josch Kuhlmann The Netherlands
- Ted van Hees The Netherlands
- Emem Bridget Okon Nigeria
- Jacob Iniodu Nigeria
- Marco Roxo Portugal
- Jieling Liu Portugal
- Carlos Gonzaga Portugal
- Bruno Deffense Portugal (Cascais)
- Miguel Penetra Portugal
- Catarina Nery de Oliveira Trindade Barão Portugal
- Catharine Aragão Portugal
- Eva Ramos Portugal
- Cristina Coelho Portugal
- Tiago Amândio Ferreira de Sousa Portugal
- Zé Stark Portugal
- Alice Manuela Gomes Abreu Portugal
- Leonor Portugal
- Miguel Encarnação Portugal
- Ana Fernandes Portugal
- Ana Patrícia Silva Portugal
- Carolina Castro Portugal
- Inês Ganhão Portugal
- Luiz Roberto Santos Moraes Portugal
- Geraldine Clayton Scotland, UK
- Mary Church Scotland, UK
- Dr Justin Kenrick Scotland, UK
- Isla Scott Scotland, UK
- Christine Nicholson Scotland, UK
- Tabitha Paine South Africa
- David Hallowes South Africa
- Clinton Osbourn South Africa
- G A Attwood South Africa
- Jade Tess Weiner South Africa
- Ndivile Mokoena South Africa
- JJ Lockhart South Africa
- Ilham Rawoot South Africa
- Koni Benson South Africa
- Rico Euripidou South Africa
- Celia Spain
- Beatriz Acedo Gómez Spain
- Justo Calvo Spain
- Anastacia Loroch Switzerland
- Kiri Santer Switzerland
- Joie Chowdhury Switzerland
- Assem Ekue Togo
- Kwami Kpondzo Togo
- Atukwatse Peruth Uganda
- Kureeba David Uganda
- Philip Thornhill Ukraine (UK citizen)
- Pete Abel United Kingdom
- Jacqueline Phillips United Kingdom
- Ali Abbas United Kingdom
- Catherine Thomson United Kingdom
- Charlotte Hanson United Kingdom
- Indhi Gupta United Kingdom
- Fábio Serôdio Mendes United Kingdom
- Charlotte Fraser United Kingdom
- Lauren Biermann United Kingdom
- Sally Clark United Kingdom
- James Buchanan United Kingdom
- Lulama Musti de Gennaro United Kingdom
- Bokani Tshidzu United Kingdom
- Louise Burrows United Kingdom
- Alejandro Fernandez United Kingdom
- Sally Clark United Kingdom
- Nick Whitworth United Kingdom
- Ria Patel United Kingdom
- Veronica Brand United States of America
- Catherine Minhoto United States of America
- Kendra Klein United States of America
- Douglas V. Smith United States of America
- Allen Isaacman United States of America
- Anu Mandavilli United States of America
- Susan Palmiter United States of America
- Stephen Kretzmann United States of America
- Jean’ne Blackwell United States of America
- Mary Pendergast United States of America
- lorraine chiponda Zimbabwe
- teresa cunha Not stipulated
- Travis Vowinkel Not stipulated
- Terry Buss Not stipulated
- Emma Shorter Not stipulated
- Mwatanabe Not stipulated
- Frances Sinclair Not stipulated
- Geoffrey Mead Not stipulated
- Unaiti Jaime Not stipulated
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ fim ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~